Sexta-feira, Novembro 7, 2025

“O vinho é cultura, é partilha, é o elo de todo o nosso território” — David Galego nas IV Jornadas de Viticultura em Redondo.

Partilhar

REDONDO, 3 de outubro de 2025 – No âmbito das IV Jornadas Técnicas de Viticultura, realizadas no Auditório do CCR, o presidente da Câmara Municipal de Redondo, David Galego, destacou a importância da vitivinicultura como alicerce da economia local e estratégia de valorização do território.

Em declarações ao Alentrium, o autarca sublinhou que o investimento no setor vitivinícola ultrapassa a produção de vinho, afirmando-se como fator de coesão regional e promoção conjunta dos concelhos da Serra d’Ossa.

“Estamos num território agrícola, onde a vitivinicultura é fundamental para a nossa economia. Falamos de 200 produtores de uva, mais de uma dezena de adegas e inúmeros postos de trabalho diretos e indiretos,” referiu o autarca.

Projeto conjunto para a valorização da Serra d’Ossa

Desde 2022, os municípios de Redondo, Estremoz, Borba, Vila Viçosa e Alandroal têm vindo a desenvolver um projeto intermunicipal para valorizar a marca “Serra d’Ossa”, apostando em sinergias no enoturismo, na cultura e na promoção turística integrada.

“Decidimos usar a marca Serra d’Ossa como chapéu comum para promover o território. Seja o vinho de Redondo, a gastronomia de Estremoz, o património de Vila Viçosa ou as tabernas de Borba, tudo faz parte da mesma identidade. O vinho é o elo de ligação, é cultura, é partilha,” acrescentou.

Crescimento do setor e novas adegas no concelho

Segundo David Galego, Redondo tem registado um crescimento notável no número de adegas nos últimos anos, fruto da atratividade do território para novos investimentos.

“Estamos a falar atualmente de 14 adegas, sendo que pelo menos três começaram a produzir nos últimos três anos. E há mais interessados, mas ainda não temos as áreas industriais necessárias para acolher todos os projetos,” destacou.

O autarca deu como exemplo recente a reabertura de uma unidade na encosta das Perdizes, bem como a instalação do Grupo Parras com uma nova adega e mais de 200 hectares de vinha em Montoito.

“O facto de novas adegas escolherem Redondo mostra que o território oferece condições únicas: qualidade da uva, mão de obra especializada e um terroir excecional,” afirmou.

Enoturismo como eixo estratégico

O município continua a apostar na dinamização do enoturismo como via para gerar atratividade e valor económico. Iniciativas como o evento “Tascas, Castas e Cantigas” têm projetado o concelho a nível nacional e internacional.

“Com estas experiências estamos a atrair mais visitantes e a posicionar o território como destino de excelência. O enoturismo já representa uma parte relevante na conta de exploração das empresas do setor,” concluiu.

As IV Jornadas Técnicas de Viticultura reforçam, assim, o compromisso do município com a inovação, sustentabilidade e valorização da fileira vitivinícola enquanto motor de desenvolvimento da região.

Augusta Serrano

Onde a alma do Alentejo ganha voz, para todos os cantos do Mundo.

Augusta Serrano
Onde a alma do Alentejo ganha voz, para todos os cantos do Mundo.

Últimas

A não perder

Relacionadas