Évora inaugurou este sábado, 4 de outubro, o novo estádio do Juventude Sport Clube, uma infraestrutura que representa um marco na modernização do desporto local e regional. A obra, aguardada há vários anos, concretiza-se agora com condições para acolher competições de âmbito nacional e internacional.
O novo recinto tem capacidade para três mil espetadores e integra ainda um auditório, ginásio, museu, restaurante e um relvado com especificações técnicas que cumprem os padrões internacionais. A estrutura está preparada para receber seleções em estágio e jogos oficiais.
A cerimónia de inauguração contou com a presença da ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, bem como de várias entidades locais e nacionais ligadas ao desporto e à política.
Em declarações exclusivas ao Alentrium.pt, o presidente da Associação de Futebol de Évora, Eng. António Pereira, destacou a importância do momento:
“A cidade de Évora tem vindo a perder protagonismo no panorama desportivo nacional. Era urgente darmos um passo concreto para inverter essa tendência, e este estádio é esse ponto de partida.”
O Dirigente apontou ainda para a necessidade de investimento sustentado:
“Évora foi a quarta cidade deste país. Hoje, talvez nem esteja nas 40 primeiras. Precisamos de agir, de recuperar o lugar que a cidade já teve. Este estádio é um sinal claro dessa vontade.”
O dirigente sublinhou também as potencialidades do novo estádio no contexto do Mundial de 2030:
“Há hipóteses reais de termos duas seleções a estagiar em Évora, o que pode trazer grande projeção à cidade e ao distrito. Se isso acontecer, estaremos a falar de seleções de topo que poderão permanecer até fases avançadas do torneio, com impacto direto na nossa economia local.”
Quanto à utilização do espaço, o estádio poderá receber eventos desportivos e culturais:
Até agora, quando perguntava à Federação quando seria possível trazer uma seleção a Évora, recebia apenas o caderno de encargos como resposta. Hoje, com este estádio, temos condições para o fazer. A prova disso é que no dia 17 de novembro receberemos aqui o primeiro jogo internacional, com uma seleção sub-20.”
Sobre a sustentabilidade financeira do Juventude SC, o engenheiro esclareceu:
“O Juventude não tem dívidas. É, a sul do Tejo, o clube com o maior património desportivo. Muitos clubes jogam em estádios que não são seus. Aqui, tudo está registado em nome do clube e isso faz toda a diferença em termos de estabilidade e futuro.”
O projeto, que levou cinco anos a concretizar, é apontado como um exemplo de resiliência:
“O presidente do Juventude SC merece os parabéns pela persistência. Foram cinco anos de avanços e recuos, mas ele nunca desistiu. Mesmo quando não obtinha respostas, voltava no dia seguinte. Esse tipo de determinação é rara e deve ser valorizada.”
A inauguração coincide com a presença do clube nos campeonatos nacionais. Apesar dos resultados recentes, o momento é encarado como um impulso motivador:
“O Juventude merece estar na Liga 3 ou na 2.ª Liga. Esta infraestrutura é mais um passo nessa direção. Tal como o Lusitano já está na Liga 3, também o Juventude tem condições para lá chegar.”
O novo estádio representa, assim, não apenas um investimento em instalações, mas também um sinal de ambição para o futuro desportivo de Évora.
























































































