Na manhã da segunda-feira de Páscoa, Borba volta a cumprir a tradição.
É dia de Santa Bárbara. E nem a chuva foi capaz de travar os que, com fé no coração, caminharam rumo à ermida.
Sob guarda-chuvas, com mantas nos ombros ou simplesmente ao natural, centenas de borbenses mantiveram viva uma romaria com séculos de história.
Porque a Romaria de Santa Bárbara não é apenas um costume — é uma expressão profunda da alma borbense.
Famílias reúnem-se. Amigos reencontram-se.
Partilham-se histórias, memórias, pão, vinho e borrego assado.
O convívio faz-se entre risos, debaixo das árvores, ao som das conversas que só acontecem ali, naquele lugar, naquele dia.
A fé move cada passo, mas é o sentimento de pertença que une todos em redor da pequena ermida.
Ali, sente-se o peso da história. A continuidade das raízes.
Um passado que se honra. Um presente que se vive. Um futuro que se sonha.
A Romaria de Santa Bárbara é Borba no seu mais íntimo — simples, forte, fiel às suas origens.
Enquanto houver quem acredite, quem caminhe, quem partilhe…
Santa Bárbara continuará viva.
Mesmo quando chove.