Sexta-feira, Novembro 7, 2025

“A agricultura continua a ser a matriz produtiva do Alentejo” — Luís Alcino da Conceição nas IV Jornadas de Viticultura em Redondo.

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Redondo — Realizaram‑se ontem, no Auditório do Centro Cultural e Recreativo (CCR) de Redondo, as IV Jornadas Técnicas de Viticultura, que reuniram produtores, técnicos, investigadores e entidades do setor para discutir os desafios atuais e perspetivas futuras da vitivinicultura no Alentejo. O evento destacou-se como um espaço de partilha de conhecimento e promoção da inovação agrícola na região.

Um dos momentos de destaque foi a intervenção de Luís Alcino da Conceição, professor coordenador do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e responsável pelo Centro Nacional de Competências e pelo projeto 9TACACRO, do Ministério da Agricultura.

Em declarações ao alentrium.ptLuís Alcino da Conceição sublinhou o papel estratégico destes encontros:
“Estes fóruns são fundamentais para disseminar conhecimento e aproximar a academia do setor agrícola. A partilha de casos práticos ajuda a desmistificar tecnologias e incentiva a sua adoção no terreno”.

O docente destacou ainda o percurso pioneiro do IPP na agricultura de precisão:
“Iniciámos há duas décadas projetos de viticultura de precisão. Essa experiência evoluiu para a criação do centro de competências para a digitalização agrícola, que hoje coordenamos em articulação com o setor produtivo”.

Quanto ao ensino superior agrícola na região, o professor frisou a elevada procura, especialmente através de vias de acesso alternativas:
“Temos muitos estudantes trabalhadores, ligados diretamente à atividade agrícola, que ingressam por concursos especiais. As turmas, sobretudo na área da agronomia, têm estado completas”.

Luís Alcino reforçou ainda a importância estrutural da agricultura no Alentejo:
“Se alguém tem dúvidas de que a agricultura é a atividade predominante no Alentejo, basta observar a paisagem. É a base da nossa economia regional, que resistiu mesmo em tempos de crise, como aconteceu durante a pandemia”.

A jornada contou com diversas comunicações técnicas, mesas-redondas e apresentações de boas práticas, consolidando-se como um espaço de diálogo entre ciência, tecnologia e produção vitivinícola.

Augusta Serrano

Onde a alma do Alentejo ganha voz, para todos os cantos do Mundo.

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